O jornalista e advogado argentino Eduardo Feinmann criticou o silêncio da mídia que não cobriu a multitudinária manifestação pró-vida realizada na Basílica de Nossa Senhora de Luján, na Argentina, no domingo, 8 de julho; mas divulgam quando se trata da reunião de um pequeno grupo de feministas a favor do aborto.
Peregrinos de diferentes lugares do país se reuniram diante da imagem da Padroeira da Argentina para clamar pelo respeito à vida ante a ameaça da lei do aborto, além de renovar a sua consagração à Virgem de Luján.
No telejornal do canal “A24”, Eduardo Feinmann se referiu a este evento como uma “manifestação impressionante”.
“Eu não entendo porque a mídia não transmitiu uma das manifestações mais impressionantes dos últimos tempos contra o aborto ou a favor das duas vidas”, questionou o jornalista.
Em contrapartida, sublinhou a grande cobertura que teve uma manifestação em 6 de julho, na qual um grupo de pessoas, muito menos do que as que se reuniram em Luján, protestou contra o Hospital Universitário Austral, instituição que se opõe ao aborto e exige a objeção consciência institucional no caso de aprovação do projeto de lei.
“50 feministas a favor do aborto, contra o Hospital Austral (que) se opõe, caso a lei seja aprovada, a realizar abortos. Aí sim o lenço verde tem muita divulgação na imprensa, mas as duas vidas não tanto”, criticou Feinmann.
Em 3 de julho, o Senado começou o debate sobre a legalização do aborto nas comissões de Saúde e Justiça e Assuntos Criminais, depois que o projeto foi aprovado em 14 de junho pela Câmara dos Deputados.
A iniciativa recentemente aprovada permite o aborto livre até a 14ª semana de gestação e até os nove meses de gestação em casos de violação, de risco à saúde da mãe e inviabilidade do feto.
Em relação à objeção de consciência, só poderá ser pedida pelo profissional de modo individual, por escrito e antecipadamente.
O projeto aprovado pelos deputados proíbe a objeção de consciência institucional e os estabelecimentos de saúde são obrigados a realizar o aborto se a mulher exigir como “atenção médica imediata”.
Por ACI Digital