Vivemos em um mundo “filtrado”, em que a maior parte do vemos são publicações de corpos perfeitos, em alguma ilha tropical. Posts cheios de hashtags sobre beleza e sempre patrocinado por uma marca de um produto caríssimo.
Vislumbramos a mensagem de “vida perfeita” que as imagens transmitem e chegamos, por instantes, a acreditar que tudo é realidade. Dizemos para nós mesmos que sabemos que existe uma humanidade alucinada por trás de cada publicação. Mas, mesmo assim, somos enganados e chegamos a acreditar, por um instante, que somos os únicos que vivemos em crise, que as pessoas que seguimos nas redes sociais são, de alguma maneira, imundes.
Por isso, nós também tentamos fazer com que nossos corpos sejam ideais e nossa alimentação, chamativa. Vamos logo mostrando para o mundo que não estamos alucinados, enquanto as capas de revistas – cheias de filtros – nos trazem promessas vazias de aceitação.
A vida real se torna turva à media que começamos a buscar novos lugares de interesse, atrações, produtos e pessoas para elevar o nível de nossas publicações.
É verdade que, como católicos, nos esforçamos para sermos luz na escuridão de um mundo com filtros infinitos. Publicamos fotos com frases inspiradoras e testemunhamos como Deus mudou a nossa vida. Incluímos até um versículo bíblico na nossa bio do Instagram (mesmo que o tenhamos encontrado no Google).
Sem nos darmos conta, vestimos a máscara do “católico feliz”. Mas, na realidade, estamos alucinados como os outros.
O problema é o mesmo em ambas as situações: queremos ser notados, seja para nossas identidades enganosas ou para o nosso perfil católico.
Queremos mostrar que levamos a vida de católico corretamente. Queremos nos identificar, antes que os outros tenham a oportunidade de nos julgar. Mas isso nos leva a um sentimento de insuficiência.
O que significa, então, viver com autenticidade? Significa viver como somos, sem pretensões nem expectativas de sermos originais e sem rótulos. Significa viver na liberdade do que somos, não fazendo o possível para nos encaixarmos em algo que que não nos cabe.
Quando deixamos ir o que queremos ser e descobrimos Quem nos fez ser, entramos em contato com nosso verdadeiro ser. Mas como? Veja algumas dicas:
Enfim, quando entregamos a Deus tudo o que somos, cada aspecto de nossa vida se torna mais verdadeiro. Peça a Ele que te revele o seu eu autêntico e deixe que Ele te guie para o que você foi chamado a ser. Seja você mesmo através Dele!
Luisa Restrepo Via Aleteia